4 explosões simultâneas foram registradas no Sol. Quais são os riscos para a Terra?

Os cientistas alertaram que o ciclo solar de onze anos que começou em 2019 provavelmente atingirá o pico em 2024 e 2025, e as explosões solares se tornarão mais frequentes. Embora todos estejam preocupados que isso possa atrapalhar a vida humana, os astrônomos estão animados para poder obter imagens impressionantes dessa estrela envolta em chamas. Na verdade, a estrela do Sistema Solar foi especialmente agradável para eles em 23 de abril, quando não uma, nem duas, nem mesmo três, mas quatro erupções ofuscantes ocorreram quase simultaneamente, o que é extremamente raro. A única desvantagem é que a Terra poderia sofrer com seus efeitos.

Quatro explosões solares quase simultâneas

Depois de duas explosões espetaculares em janeiro e uma explosão gêmea de classe X no Sol em março, abril também será marcado por atividade muito intensa no Sol, embora esta não seja uma notícia muito surpreendente para o momento do ciclo solar favorável para tempestades solares. No entanto, o evento que ocorreu em 23 de abril provavelmente será de particular interesse para os astrônomos porque foi muito raro.

O Solar Dynamics Observatory (SDO) da NASA relatou ter visto quatro erupções cromosféricas quase simultâneas em quatro locais diferentes na superfície desta estrela de fogo, como mostra o vídeo abaixo. Três das erupções se originaram de manchas solares individuais, e a última se originou de um loop coronal (uma estrutura magneticamente fechada composta de gás ionizado que se estende até a coroa solar e cria arcos brilhantes de plasma frequentemente vistos durante as erupções solares) localizado entre as manchas solares.

Todos os objetos em questão estavam separados por cerca de 160 mil quilômetros, e a área entre eles era de um terço da superfície do Sol voltada para a Terra. Apesar de suas vastas distâncias, todas essas explosões solares são, na verdade, parte de uma única erupção que pode ocorrer quando filamentos ou manchas solares estão ligados entre si por enormes loops de campo magnético que se estendem muito além da superfície de nossa estrela. Graças a essa conexão invisível, quando um desses pontos explode, os outros rapidamente se seguem.

Quais são os riscos para o planeta Terra?

Dada a enorme área de superfície afetada por essas erupções, os cientistas acreditam que é altamente provável que elas tenham desencadeado uma tempestade solar em direção à Terra, cujos efeitos devem ser sentidos rapidamente. No entanto, eles acreditam que esta poderia ser uma tempestade geomagnética de classe G1 bastante menor, embora seja difícil estimar a magnitude cumulativa da explosão associada a este evento.

Em qualquer caso, poderia levar a auroras particularmente brilhantes nos polos magnéticos da Terra. Tais erupções podem ter efeitos mais poderosos, interrompendo os sinais de GPS, bem como as redes de satélite e elétricas. O risco de radiação também pode aumentar. No entanto, até agora nada do tipo foi registrado.

Seja como for, esta erupção quádrupla é uma indicação clara da intensificação do ciclo solar, que está projetado para atingir o pico em 2025. No entanto, os pesquisadores ainda são cautelosos. Quando o máximo solar (o período de atividade solar máxima) chegar, teremos que esperar sete meses após sua passagem para obter a confirmação completa.