Urano e Netuno escondem composição incrível
Por
Gustavo José
maio 17, 2025
Um novo estudo desafia nossas suposições sobre Urano e Netuno, os gigantes de gelo do sistema solar. Embora tenha sido assumido que esses planetas são compostos principalmente de água congelada, pesquisas recentes sugerem que eles podem realmente conter grandes quantidades de gelo de metano. Essas descobertas podem ter implicações importantes para nossa compreensão da formação e evolução desses mundos gelados.
Reimaginando a composição de gigantes de gelo
Os astrônomos há muito se baseiam em modelos teóricos para entender a composição interna de Urano e Netuno, já que apenas um punhado de espaçonaves passou por eles, notavelmente a Voyager 2 na década de 1980.
Esses modelos geralmente assumiam que os planetas eram compostos principalmente de água, hidrogênio e hélio, com um núcleo rochoso central. No entanto, uma equipe de pesquisadores liderada por Uri Malamud, cientista planetário do Instituto de Tecnologia Technion-Israel, está desafiando essas noções ao estudar o papel potencial do metano na composição desses planetas. Embora o metano seja um gás naturalmente presente na atmosfera terrestre, ele também pode ser encontrado como gelo em ambientes frios.
Como parte desse trabalho, os pesquisadores usaram modelos computacionais para estudar as diferentes composições possíveis dos gigantes de gelo, levando em conta a presença de metano. Os resultados sugerem que esse elemento pode representar até 10% da massa desses planetas, formando uma espessa camada entre o envelope hidrogênio-hélio e a camada de água.
O papel crucial do metano
Esta descoberta poderia resolver o paradoxo associado à formação de gigantes de gelo. Embora os planetas em crescimento anexem objetos gelados chamados planetesimais, parecia improvável que eles pudessem ser compostos principalmente de água se esses objetos fossem ricos em carbono em vez de gelo. No entanto, reações químicas entre hidrogênio em planetas em crescimento e carbono em planetesimais podem ter levado à formação de gelo de metano, o que explica a composição observada dos gigantes de gelo.
Embora esses resultados forneçam uma melhor compreensão dos processos de formação de planetas, eles podem ser difíceis de verificar diretamente. As condições extremas que existem nos interiores de Urano e Netuno dificultam o estudo de sua composição interna. No entanto, essas descobertas podem influenciar o projeto de futuras missões espaciais destinadas a estudar esses planetas pouco compreendidos.
Em última análise, este estudo destaca a importância de continuar a estudar os planetas do nosso sistema solar para entender melhor a sua história e evolução. Os gigantes de gelo, com sua composição misteriosa e características únicas, continuam a fascinar os astrônomos e levantar novas questões sobre a natureza do nosso universo.
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