Este ictiossauro pode ser o maior réptil marinho já encontrado

Por Gustavo José
maio 17, 2025

Cientistas descobriram recentemente os restos de um ictiossauro gigante, sugerindo que ele pode ser o maior réptil marinho já descoberto. Acredita-se que a espécie recém-descoberta tenha vivido no final do período Triássico, entre 251,9 e 201,4 milhões de anos atrás.

Gigante de 25 metros

Embora o Mesozoico seja muitas vezes considerado a idade dos dinossauros, é importante notar que os ictiossauros em si não eram dinossauros. Essas criaturas, descendentes de outro grupo de répteis, compartilharam características evolutivas com as baleias, como respirar ar e dar à luz filhotes já formados.

Os restos fossilizados foram descobertos entre 2020 e 2022 na Blue Anchor, em Somerset, no Reino Unido. Os restos incluem uma série de doze fragmentos de osso supraangular encontrados na parte superior da mandíbula. Os pesquisadores estimaram que o comprimento do osso era de cerca de dois metros. Isso sugere que, durante sua vida, o animal poderia atingir um comprimento impressionante de cerca de 25 metros.

Um espécime semelhante foi descoberto em Lilstoke, também em Somerset, em 2016. Ambas as criaturas foram encontradas na chamada Formação Westbury Mudstone, a menos de um quilômetro de distância.

O candidato anterior ao título de maior réptil marinho era outro ictiossauro chamado Shonisaurus sikanniensis. Acredita-se que esta espécie, que tinha até 21 metros de comprimento, tenha aparecido treze milhões de anos antes do espécime recém-descoberto no que hoje é a Colúmbia Britânica.

Um tempo de grandes mudanças ambientais

A nova espécie de ictiossauro recebeu o nome de Ichthyotitan severnensis, em homenagem ao rio Severn, onde os restos foram descobertos. Os cientistas acreditam que esta não é apenas uma nova espécie, mas também um gênero completamente novo de ictiossauros. Isso expande nossa compreensão da diversidade desses répteis marinhos pré-históricos.

Vários fragmentos de costelas e coprólitos (excrementos fossilizados) também foram encontrados nesta região, mas não foram conclusivamente atribuídos ao mesmo animal.

Curiosamente, os sedimentos em que esses espécimes foram encontrados continham rochas sugestivas de intensa atividade sísmica e vulcânica na época. Assim, esta descoberta sugere que a espécie viveu durante um período de severa perturbação ecológica que pode ter levado a uma extinção em massa no final do período Triássico.

Os detalhes do estudo foram publicados na revista PLOS One.

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